Ministro cede e reúne esta sexta-feira com os sindicatos
12-07-2012 19:52
Numa carta enviada no final da manhã de hoje, quando se cumpre o segundo dia da greve, os sindicatos pedem a realização de uma primeira “sessão de trabalho” amanhã, à hora “que haja por conveniente”. É o início de mais uma ronda de negociações.
Numa carta enviada no final da manhã de hoje, quando se cumpre o segundo dia da greve, os sindicatos pedem a realização de uma primeira “sessão de trabalho” amanhã, à hora “que haja por conveniente”. É o início de mais uma ronda de negociações.
No curto documento enviado a Paulo Macedo, os representantes dos médicos manifestam a “irrestrita disponibilidade para encetar uma nova fase de diálogo sócio-profissional com o Ministério da Saúde e os credenciados representantes da área das finanças e da Administração Pública que usualmente acompanham a mesa negocial”. Os dirigentes do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acrescentam que estão “ plenamente cientes da gravidade do momento histórico presente, da urgência em se alcançar a justa resolução do massivo litígio laboral em curso e, sobretudo, das tão nefastas repercussões que resultariam da perpetuação do mesmo, em especial para os doentes”. Assim, pedem que se cumpram “as recíprocas vontades publicamente declaradas, designando, patrocinando e encabeçando o Ministro da Saúde as próximas sessões de trabalho”.
No final do dia de ontem, no âmbito do balanço do primeiro dia de greve, Mário Jorge Neves, da FNAM, tinha já referido em linguagem menos formal que competia agora ao ministro Paulo Macedo agendar a nova ronda de negociações, admitindo novas greves caso o Governo não ceda às exigências dos médicos. “A bola está agora completamente do lado do ministro. Não acredito que vá ficar numa atitude contemplativa a ver o que isto dá”, afirmou o sindicalista ao PÚBLICO. Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, também disse que estava à espera de iniciar rapidamente um novo processo negocial, lamentando, no entanto, que nos últimos seis meses a tutela “tenha andado a engonhar”.
Em nota de agenda, enviada às redacções, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, acedeu receber na sexta-feira os dirigentes do SIM e da Fnam.
In Público