Hospital de Santa Maria e YDreams apresentam inovadora tecnologia de manipulação de imagem
Em breve os cirurgiões nos blocos operatórios poderão visualizar e manipular exames sem lhes tocar. A ideia surgiu do Hospital de Santa Maria em Lisboa em conjunto com a empresa portuguesa YDreams e a tecnologia já está a ser testada num bloco de neurocirurgia em Lisboa.
Em resposta às necessidades dos cirurgiões manipularem exames num bloco operatório em ambiente asséptico, nasceu a aplicação YScope, desenvolvida pela empresa portuguesa YDreams em conjunto com Departamento de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria.
Alexandre Rainha Campos, neurocirurgião do Hospital de Santa Maria explica em comunicado que: «com o aparecimento dos exames em formato digital, rapidamente me apercebi do enorme potencial que encerravam. O passo seguinte seria libertar essa mais-valia facilitando a manipulação destes exames durante o ato cirúrgico».
«Foi assim que nasceu o YScope, um aliado fundamental no bloco operatório, desenvolvido em parceria com a YDreams. Estou em crer, que num futuro muito próximo, o YScope será tão banal nos blocos operatórios quanto hoje o é o negatoscópio», acrescenta.
O Yscope foi hoje apresentado no Hospital de Santa Maria em Lisboa e de entre as várias potencialidades que a aplicação oferece aos cirurgiões destaca-se a possibilidade do cirurgião pesquisar imagens de exames nos respetivos servidores através de gestos naturais.
A aplicação permite carregar novos exames, selecionar subconjuntos dos mesmos sendo que os cirurgiões têm a possibilidade de manipular as imagens através de ferramentas como zoom, rotação, medições, brilho, contrastes, entre outras.
Fernando Nabais, investigador e gestor do Projecto, na YDreams explica que: «o objetivo do YScope é facultar aos cirurgiões o poder de manipular diretamente os dados visuais que necessitam, sem intervenção de terceiros. Percebemos o quanto isso é vital para a capacidade de interpretar e analisar essas imagens e para a sua visão profissional».
O Yscope foi hoje apresentado e será agora submetido a testes operacionais numa das salas do bloco operatório de neurocirurgia do Hospital de Santa Maria em Lisboa, sendo que a possibilidade de se estender a aplicação a outras especialidades está ainda a ser estudada.